A Missão Univida na Reserva Indígena de Dourados/MS chegou em sua 11ª edição neste ano de 2022, sendo realizada entre os dias 8 e 15 de julho, tendo a participação de 230 voluntários de diversas universidades do país, além de profissionais da saúde e outros voluntários além do presidente da Associação Humanitária de Universitários em Defesa da Vida – Univida, padre Eduardo Lima.
Durante a missão, os voluntários visitaram diversas aldeias indígenas e oferecidos atendimentos médicos, odontológicos, alimentação e, também, entregues donativos arrecadados.

CENA DE GUERRA
Convidado a conhecer a realidade dos indígenas Guarani e Kaiowá em Amambai, que enfrentaram confrontos causados pelo processo de retomada de sua terra ancestral, padre Eduardo Lima relatou sua tristeza. “O que vi, com o pequeno grupo que me acompanhou, médico, enfermeira, pessoal da comunicação da Univida, foi desolador. Região de retomada, com os típicos barracos de lona e chão batido, que resguardavam os feridos do último ataque sofrido. Chocante”, revelou.
Segundo o padre, o cenário era desolador. “Vimos mãos traspassadas por munição. Uma universitária, coletando dados para sua monografia, foi flagrada pela violência, recebeu um projétil e está acamada. Outro, com a perna ferida e infeccionada, precisando urgentemente de cuidados, sem recebê-los”, explicou.
Padre Eduardo ainda relatou que entre as vítimas estavam uma criança e uma idosa com ferimentos à bala, de 12 e 85 anos, respectivamente. “Já me ocorre: quais ameaças seriam capazes de representar diante de agressores armados? E a compaixão nos atinge, percebendo o medo, desesperança e solidão daqueles sozinhos em sua luta pela terra ancestral”, finaliza.

HISTÓRICO
Desde 2012, a Associação Univida realiza missões anuais junto à Reserva Indígena de Dourados ofertando atendimentos médicos de diversas especialidades.
Somando mais de 20 mil atendimentos, o objetivo da missão é promover ações de saúde e de melhoria da qualidade de vida para os povos indígenas, por meio do trabalho voluntário de jovens universitários, na intenção de sensibilizá-los socialmente, humanizá-los para sua prática profissional e levar atendimentos humanitários às populações esquecidas.
Fonte: Jornal Cidadão

O padre Eduardo Lima, presidente da Associação Univida, foi recepcionado com muita alegria pelos indígenas de Dourados/MS quando a caravana chegou à reserva // Crédito: Reprodução/Facebook
Os voluntários ofereceram vários tipos de serviços, entre eles atendimento médico, odontológico e doação de alimentos
Cerca de 230 voluntários de diversas universidades do país e profissionais
da saúde participaram da Missão Univida em Dourados/MS nesta edição

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