Neste mês de aniversário da cidade, a esmagadora maioria da população fica se perguntando para onde vamos, tal o estado de incertezas decorrentes da divisão do país cristalizada na disputa presidencial de outubro passado, com vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL).
Em linguagem futebolística, dir-se-ia que Lula venceu pela contagem mínima e as mais recentes pesquisas, inclusive do Datafolha da semana que passou, mostram que o país está rachado.
Desarmar os espíritos e permitir que os postulados do interesse do povo se sobreponham ao varejo da política, que só interessa aos coronéis à frente dos partidos, é uma boa maneira de injetar otimismo na veia de quem acorda cedo para ganhar o pão nosso de cada dia.
No caso específico de Jales, independentemente do plano de obras da administração municipal, trombeteado aos quatro ventos nos últimos dias, é necessário encontrar outros caminhos que possibilitem sonhar com dias melhores não somente para os quarentões, cinquentões e sessentões, mas também, e principalmente, para quem está começando a vida.
Neste sentido, há que se tirar o chapéu para o idealismo do presidente do Jales Clube, Clóvis Pereira, que, aos 83 anos, vem movendo céus e terra para mudar a face da cidade, dotando-a de um Centro de Tratamento de Doenças Raras sob a chancela da Casa Hunter, instituição humanitária sem fins lucrativos sediada em São Paulo.
Clóvis e seus companheiros de diretoria já fizeram o que lhes cabia, doando 54.900 metros quadrados para implantação daquele espaço de cura.
O que este Centro de Tratamento de Doenças Raras pode significar para Jales? Simplesmente, uma virada total e absoluta no sentido de fixar a cidade como centro de região em matéria de pesquisa científica.
Só para que se tenha uma ideia, existe um grupo de aproximadamente 8 mil doenças que são pouco conhecidas, inclusive pelos médicos, e seus sintomas podem ser confundidos com os de outras enfermidades ou transtornos mais comuns.
Essas doenças são classificadas como raras porque acometem em média 65 pessoas em cada 100 mil, ou seja, apenas uma pessoa a cada 2 mil indivíduos.
É por este motivo que Clóvis e todos os jalesenses de boa vontade não desistem. Ao contrário, a luta continua!

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