O aumento da violência contra a mulher não permite uma comemoração em voz alta para os 18 anos da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), completados no dia 7 de agosto.

Embora os avanços tenham sido grandes em referência ao passado, para resultados efetivamente positivos os dados teriam que ser diferentes.

A dificuldade que as mulheres encontram para reconhecer e denunciar os diversos tipos de violência enquadrados pela lei pode ser um dos principais entraves para o fim da impunidade.

Em Jales aquelas que precisam de apoio, orientação, encorajamento e prestação de serviços judiciais podem contar com a Comissão Permanente da Mulher Advogada da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil. Todos os dias, na sede da instituição em Jales, há dois advogados de plantão para atender a população.

Um levantamento feito pela comissão e divulgado na sexta-feira, dia 9, durante o programa Antena Ligada na rádio Antena 102, mostra que em Jales a situação é preocupante. Dados demonstram o crescimento do número de vítimas de violência, que somaram 341 em 2023 (janeiro a dezembro) e somente no primeiro semestre de 2024, já são 381 registradas.

A comparação entre os anos de 2022 e 2023 com relação ao número de medidas protetivas concedidas pela justiça no estado também demonstra um aumento de 26%, ao invés de regressão.

Educação com informações para as crianças e um investimento real em uma mudança da mentalidade da sociedade em relação ao papel da mulher são algumas das saídas apresentadas por lideranças que lutam pela causa.

A verdade é que para cada mulher que tem seus direitos violados, “nascem” homens que acreditam na impunidade, e me atrevo a dizer, na superioridade do sexo masculino.

Maria da Penha – mulher que deu o nome à Lei

Comments are closed.