Não podemos subestimar o poder dos meios de comunicação. Esta semana me chamou a atenção a memória de um comunicador ao citar o legado de um prefeito que orientou a plantação de mudas pela cidade há cerca de 20 anos, e que hoje elas enfeitam Jales com suas flores.

Os gestores públicos precisam se preocupar muito com o legado que deixam. Já tivemos o calçamento da área central trocado por lajotas que até hoje destoam ao padrão da cidade, prédios pintados com as cores de um político e outro, cada um que passa precisa pensar no futuro e não somente no hoje.

Há cerca de 30 anos, o brasão do município e suas cores eram as marcas das administrações, que não tinham ainda inventado suas próprias logomarcas e slogans, parte da inovação dos últimos tempos e que povoa de quatro em quatro anos as fachadas. Quanta tinta e mão de obra não estão envolvidas em toda mudança que se faz necessária a cada gestão…

Mas felizmente nos lembramos de boas marcas como as primaveras, prédios públicos fundamentais como a rodoviária, a desapropriação das margens da rodovia que possibilitou a duplicação, os recursos para reformas de praças, marcas de administrações que não podem ser esquecidas.

A negociação para a viabilização do Hospital de Amor no prédio em que está localizado também é fruto de um plantio feito por uma administração municipal.

Nem só por grandes obras é lembrado um gestor público, mas também por um legado de esperança e confiança que paira pelos ares da cidade.

Jales carrega em suas ruas, praças, prédios, pontilhões e calçadas, marcas visíveis das escolhas dos eleitores nas urnas, que com o passar dos anos têm suas autorias indevidamente esquecidas.

Mas o que preocupa mesmo os amantes da cidade são as heranças que não estão visíveis à população e que podem ser pedra no sapato das futuras gerações.

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