Quarentões, cinquentões e sessentões costumam se referir em tom saudosista aos tempos em que o esporte fervia em Jales tanto nas quadras quanto nos campos.
Para não esticar muito as reminiscências, vale lembrar o boom do futebol e do basquete em nível profissional. Pouca gente se lembra, mas em 1979, por exemplo, depois de 9 anos sem futebol profissional em Jales, abnegados dirigentes como Adauto Dias Mendes na presidência, que está aí vivo e forte, e os falecidos Antonio Teixeira, Jayme Pedro Pêgolo e Odassi Guerzoni ressuscitaram a Associação Esportiva Jalesense.
Inscrita na Terceira Divisão de Profissionais da Federação Paulista de Futebol, equivalente hoje à Série A3, a equipe disputou a final do campeonato com o Bragantino, atualmente na elite do futebol brasileiro.
Animados, no início dos anos 80, os dirigentes referidos acima ressuscitaram o CAJ, onde despontaram craques de alto nível como o goleiro Washington, que, por conta de seu desempenho, foi contratado pela Ferroviária de Araraquara, disputando a semifinal do campeonato da Divisão Especial.
Quanto ao basquete, depois de memorável performance nos anos 60, a modalidade voltou ao topo em 1989, respaldada pelo Clube do Ipê e Instituição Soler de Ensino.
Posteriormente, por obra e graça de um aficionado desse esporte, o jalesense Carlos Rayel, que agiu como um verdadeiro mecenas, Jales passou a ter o único clube de alto rendimento no basquete interiorano, de São Carlos até a barranca do Rio Paraná, rivalizando com Franca.
Integrado por craques da seleção brasileira e até por um egresso da NBA, o time de Jales fez e aconteceu, levando o nome da cidade de norte a sul do Brasil.
Ou seja, voltando ao primeiro parágrafo, os jalesenses de meia idade têm todos os motivos para, de vez em quando, sentir a saudade de ver estádio de futebol e quadra de basquete bombando.
Nesta medida, há que se louvar a iniciativa da Secretaria de Esportes e Juventude que promoverá uma noite de reconhecimento e mérito aos “Destaques do Ano”, dia 1º de fevereiro, quarta-feira.
Ao valorizar o que ainda sobrevive na cidade, quase aos trancos e barrancos, o secretário Wilter Guerzoni lança a semana e começa a aplainar o caminho para que, com o necessário incentivo do poder público, Jales volte a brilhar no firmamento esportivo. Bola dentro!

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