DEDO NO GATILHO – O vereador Bruno de Paula (PSDB) anda meio inquieto. Ele protocolou na semana que passou três Requerimentos de Informações que, a seu tempo, têm tudo para levantar poeira, envolvendo arrecadação de IPTU/ITU, Contribuição de Iluminação Pública, e destinação de recursos para publicidade institucional da Prefeitura.

SEGUNDO TEMPO – Reina grande expectativa em torno da reunião ordinária da Câmara Municipal prevista para amanhã, dia 22 de agosto, quando será colocada em segunda votação o Projeto de Iniciativa Popular que revoga a Lei Complementar nº 350/21, que criou a Taxa do Lixo e duas contribuições. Ao embuti-las nos carnês do IPTU, a municipalidade colocou a população em pé de guerra, o que levou as 17 entidades componentes do Fórum da Cidadania a espalharem listas de apoiamento pela cidade propondo a revogação da medida através do já referido Projeto de Iniciativa Popular, protocolado na secretaria da Câmara Municipal pelo então presidente da Associação Comercial, Leandro Rocca.

MARCHA DA CONTAGEM – Caso os vereadores que, na reunião do dia 8, votaram favoravelmente ao Projeto de Iniciativa Popular não “ amarelem ou pipoquem” o placar de 7 a 3 deverá ser repetido. Vale lembrar que a reunião não terá transmissão radiofônica em face das restrições impostas pela legislação que regulamenta as campanhas eleitorais, mas, segundo apurou a coluna, haverá acompanhamento presencial de contribuintes, além da marcação sob pressão das redes sociais.

OLHO NO LANCE – Por falar no assunto, quem acompanhou a primeira discussão e votação do projeto, discretamente sentado em uma das poltronas das galerias, foi o padre Mário Roberto Farias, vigário da Paróquia São José Operário. Para quem não sabe, nas eleições municipais de 2000, padre Mário foi o candidato a vereador mais votado em Fernandópolis.

Pouca gente percebeu, mas padre Mário, da Paróquia São José Operário, acompanhou atentamente a reunião que derrubou a Taxa do Lixo e Contribuições // Foto: Bruno Gabaldi

PANOS QUENTES – A troca de chumbo na tribuna da Câmara Municipal entre os vereadores Rivelino Rodrigues (PP) e Elder Mansueli (Podemos), na reunião do dia 8, ao que parece, esgotou-se naquele episódio. Como se recorda, na esteira da discussão do Projeto de Iniciativa Popular que tramitava desde março, RR criticou o presidente da Câmara, Bismark Kuwakino (PSDB) de ter engavetado denúncia contra Elder protocolada no Conselho de Ética por um popular, acusando referido vereador de ter ocultado bens em sua declaração à Justiça Eleitoral. Elder contragolpeou afirmando que quem tinha mais de 100 imóveis não declarados era exatamente Rivelino. Passados 15 dias, tudo ficou como dantes no quartel de Abrantes.

MULHERES – Em aceno ao eleitorado feminino, Rodrigo Garcia (PSDB) incluiu em seu plano de governo a proposta de oferecer consultoria jurídica a mulheres vítimas de violência doméstica. A assistência seria feita após a denúncia para garantir o afastamento do agressor até um eventual processo de separação. Segundo a Coluna do Estadão, a campanha do tucano tenta aproveitar a fragilidade do rival Tarcísio de Freitas (Republicanos) no eleitorado feminino.

PRESENÇA VIP – “Universidade Pública e Democracia: Eleições 2022” é tema de palestra-debate promovida pelo Grupo Práxis agendado para a próxima quarta-feira, dia 24, no YouTube, com Ana Estela Haddad, professora da USP e pesquisadora na área de Educação, Saúde e Política Públicas, esposa do ex-ministro da Educação e ex-prefeito Fernando Haddad, candidato a governador pelo Partido dos Trabalhadores. O detalhe é que uma jalesense, Carla Ayres, vereadora em Florianópolis e candidata a deputada federal pelo PT, fará participação. Carlinha, como é carinhosamente chamada em família e pelos amigos de Jales, é Doutora em Sociologia Política pela UFSC.

Jalesense Carla Ayres, candidata a deputada federal, participa de debate com esposa de Fernando Haddad // Reprodução/Facebook

MEMÓRIA – Exatamente no dia 11 de agosto, Dia do Advogado, quando representantes da sociedade civil organizada divulgaram manifestos em defesa da democracia e do Estado de Direito, movimento liderado pela Faculdade de Direito da USP no lendário Largo São Francisco, Patrícia Vanzolini e Leonardo Sica, respectivamente presidente e vice-presidente da OAB-SP, assinaram artigo publicado em Tendências e Debates, na página 3, do jornal Folha de S. Paulo, intitulado “Não aceitaremos retrocessos”, com o subtítulo “Conquistas estão sob ameaça, e há esgarçamento das instituições do país”.

PAPEL DA ADVOCACIA – Os autores do artigo iniciam o texto afirmando que “Celebrar o Dia do Advogado nesta quinta-feira é celebrar, de certa maneira, a própria democracia”. Em outro trecho, presidente e vice são incisivos: “A história recente brasileira ilustra bem o lponto. A ditadura militar (1964-1985) perseguiu advogados e juristas, violou seus sigilos telefônicos, interceptou suas correspondências, prendeu-os”.

NÃO VOU – A propósito, vale o registro. O presidente Jair Bolsonaro (PL) recusou um convite da seccional de São Paulo da OAB para apresentar suas propostas e falar sobre o pleito deste ano. A entidade, segundo a Folha de S. Paulo, tem definido o evento como uma oportunidade para que pré-candidatos ao Planalto possam colaborar com o combate à desinformação.

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